domingo, 25 de novembro de 2012

Fotos Trabalho de Campo

 

TRABALHO DE CAMPO REALIZADO NA SERRA DE SANTA HELENA - ALUNOS: CLAUDSON MOREIRA E GILMAR BARCELOS

 
 
Lobeira - Fotógrafo: Claudson Moreira de Carvalho
 
Também conhecida como Fruta-de-Lobo – Família Solonaceae, mesma do tomate e pimenta malagueta é uma planta invasora. É fruta-de-lobo ou lobeira (Solanum lycocarpum), também conhecida como capoeira-branca, berinjela-do-mato, juruberbão, baba-de-boi, loba ou jurubeba-de-boi.
O arbusto da família das Solanáceas é parente, portanto, da jurubeba, do jiló, do tomate e da berinjela, pode chegar a cinco metros de altura. 
É considerada uma planta daninha porque multiplica-se não só por sementes mas também é capaz de rebrotar quando cortada. Pode ser encontrada em quase todo o país, especialmente em áreas de cerrado. Toda a planta é espinhosa e até a parte de cima do fruto, o que não o impede de ser o alimento preferido dos lobos guarás, chegando a compor quase metade da sua dieta. Dizem que os frutos agem contra um verme dos rins dos lobos.
De longe se sente o perfume dos frutos, incrivelmente aromáticos, lembrando um pouco mangas super maduras. Com a maturação, o cheiro começa a ficar mais forte, mas não desagradável. Já o sabor... Bem, além de nutritivos, ricos em amido, vitaminas e minerais como a maioria dos frutos, costumam ser usados no tratamento caseiro para vários tipos de enfermidades e no preparo de doces e geleias. Agora, se alguém me perguntar se é gostosa, respondo: "come-se". Pelo menos é o que dizem alguns estudos, como se vê no artigo "Atividade antioxidante de frutas do cerrado" publicado na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos.
            Barbatimão - Foto: Claudson Moreira de Carvalho
 
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma espécie de planta pertencente à Família Fabaceae.
Planta medicinal nativa do cerrado brasileiro encontrada em vários estados brasileiros como: Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e MS, em outros estados em menor quantidade. Conhecida na língua indígena como "ba- timó" que significa planta que aperta, isso por que sua casca tem atividade adstringente provocada por metabólitos secundários nomeados taninos. A planta é conhecida por suas atividades terapêuticas como cicatrizante, bactericida e fungicida. É largamente usada em propriedades rurais para fins de tratamentos causados pelos patógenos citados acima, por pessoas e nos animais, porem deve se ter cuidados com esta planta pois também é toxica se utilizada oralmente com frequência. No passado, mulheres que não queriam engravidar lavavam os órgãos genitais com decocto da casca e das folhas, desta forma provocavam aborto nas primeiras semanas. Estes sintomas podem aparecer também em bovinos que eventualmente se alimentaram de legumes que coincidentemente estão maduros na época da seca, época que existe maior escassez de alimento nos pastos para ruminantes.
  

 
Foto: Claudson Moreira de Carvalho
Barraginha: tem a função de interromper a água para manter o solo por mais tempo úmido. Criada para contenção de águas pluviais, evita erosões e armazena água para obsorção natural.

Foto: Claudson Moreira de Carvalho
Aceiro – Remoção de Vegetação para a queimada não passar de uma parte de estrada para outra área, possui no mínimo 2 metros.
 
Foto: Claudson Moreira de Carvalho
Gleychenia – parente da samambaia, fica em encosta muito argilosa, o ramo da planta se divide de 2 em 2. Observa a folha especial (esporófilo) que contém apenas soros. Pteridófita: licopodiácea do gênero Lycopodiella com estróbilos pendentes. Inflorescência de uma zingiberácea (família vegetal a que pertence o gengibre). Familia das Gleicheniaceae, gênero Gleichenia, desenvolve em encostas, grupo das Piteridófitas.é um gênero de 165 especies de plantas vasculares. Esécie esta que é originária da África tropical.


Pau-Terrinha - Foto: Claudson Moreira de Carvalho
Planta do cerrado, tem a casca grossa para evitar queimadas. Pau-terra família vochysiaceae, gênero Vochysia. Árvore de médio a grande porte, muito comum no cerrado, tem flores amarelas vistosas e fruto característico, em forma triagular.

 
Foto: Claudson Moreira
 
Jacarandá (Família: Fabaceae Faboideae, nome cientifico: Dalbergia brasiliensis) Árvore de médio porte, 5 a 18 metros de altura, Folhas pinadas, 23 folíolos de 2 cm. Fruto sâmara, 6 cm, com semente saliente e difícil de extrair. Quando maduro o fruto fica avermelhado e marrom, dando visual característico. Germinação fácil, desenvolvimento rápido. 
Exitem cerca de cem espécies diferentes deste gênero nativo da América do Sul e chamado Jacaranda, sendo as mais famosas no Brasil o jacarandá mimoso (também chamado jacarandá roxo ou Jacaranda mimosaefolia), o jacarandá branco e o jacarandá do campo.
Esta planta que pode atingir cerca de vinte metros de estatura e possui folhas pequenas se destaca muito pelo fato de não possuir raízes agressivas e florir intensamente, podendo assim ser plantado nas calçadas da cidade e ficando com um ótimo aspecto quando sua copa encontra-se repleta de flores, que costumam ser brancas ou rochas, dependendo da variação plantada. O seu fruto é igual a semente do pau santo, mais claro no tronco e líquido, a própria semente e o fruto.

 
 
Foto: Claudson Moreira
 
Quaresmeira Branca de Cerrado – identifica-se quando está com flor. Folha nervura em curva.(Família: Melastomaceae, nome cientifico: Tibouchina granulosa). Árvore de médio porte, 7 a 12 metros de altura. Folhas simples, até 20 cm, ásperas, trinervadas. Fruto cápsula em forma de cálice, 1 cm. abre a parte superior liberando muitas sementes minúsculas.
 
Foto: Claudson Moreira
 
Pau-Santo: Com frutos fechados e grande folha, solta a semente quando tem previsão de chuva.

Família: Guttiferae (Clusiaceae). Árvore caracterizada pela sua tortuosidade e tronco com casca grossa e corticentaFrutificação: de Julho a Setembro.
 
Foto: Claudson Moreira

Algas e fungos – indicador de qualidade da água. O termo algas é genérico, não possuindo significado taxonômico (como espécie, família ou gênero); inclui organismos que possuem clorofila a e um talo não diferenciado em raiz, caule ou folhas. Estão entre os organismos mais antigos da Terra, com representantes fósseis de aproximadamente 3,5 bilhões de anos. Possivelmente, as algas estão relacionadas ao acúmulo de oxigênio na atmosfera desempenhando, nos dias atuais, importante papel na manutenção dos níveis de O2 na atmosfera. São importantes produtores primários em seus ecossistemas. Além de clorofila, possuem outros pigmentos, que lhes conferem colorações avermelhadas, azuladas, pardas ou nigrescentes. Algumas algas conquistaram espaço na indústria alimentícia, como o nori (Porphyra), uma Rhodophyta e o kombu (Laminaria), uma Phaeophyta, ambas cultivadas, principalmente no Ocidente, e também na medicina (Laminaria, contra o bócio). Seu talo pode apresentar desde formas microscópicas até outras com 60 m de comprimento, como as algas pardas do gênero Macrocystis. Apresentam variados níveis de organização vegetativa, sendo a maior diversidade encontrada no ambiente marinho.
As formas coloniais são constituídas por agregados de células, com relativa independência entre si. As unidades são conectadas por mucilagem e geralmente não possuem ligações citoplasmáticas. As colônias podem ser amorfas (sem número e organização definida de células), como as que ocorrem Chlorophyta de água doce ou marinha) ou cenóbios (elaboradas, com forma e número de células pré-definidos), com as encontradas em Chlorophyta de água doce.
 
As algas também apresentam formas pluricelulares, que podem ser filamentosas ou paraquimetosas. As filamentosas variam desde uma única seqüência linear de células, até formas mais complexas, originando talos foliáceos, cilíndricos, crostosos, etc. Formam-se a partir de sucessivas divisões celulares. Os filamentos podem ser simples ou ramificados. Podem ocorrer em plâncton e bento de água doce ou marinha. Nas formas parenquimatosas as divisões celulares ocorrem em diversos planos, originando tecidos bi ou tridimensionais. Lâminas 1-2-dimensionais podem ocorrer em Chloropyta, Rhodophyta e Phaeophyta; os talos parenquimatosos tridimensionais ocorrem apenas em Phaeophyta marinhas. Também existem as formas cenocíticas, cujo talo é constituído por filamentos tubulares que não estão divididos em células. Exclusivas de certas espécies de Chlorophyta, a maioria marinha. Podem possuir um único filamento ou vários; nesse caso, formam um talo pseudoparenquimatoso.
Fungos - O reino Fungi é um grande grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos.s fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o facto de as células dos fungos terem paredes celulares que contêm quitina, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares Myxomycetes (agora classificados em gastria) e Oomycetes. A disciplina da biologia  genéticos terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas, dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos.
 
Referências Bibliográficas:
 

 
 
 
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O calor específico da água e o controle térmico dos organismos

O calor específico da água e o controle térmico dos organismos
Cerca de dois terços da superfície da Terra está coberta por água. Os cinco oceanos contêm 97,2% da água do planeta. O aglomerado de gelo do Ántartido (região mais a sul do globo) contém cerca de 90% de toda a água potável existente no planeta. A água em forma de vapor pode ser vista nas nuvens, contribuindo para o albedo da Terra.
Ela possui muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida, nomeadamente é um excelente solvente e possui alta superficial (0,07198 N m-1 a 25 °C). A água pura tem sua maior densidade a 3,984°C (999,972 kg/m³) e tem valores de densidade menor ao arrefecer que ao aquecer. Por ser uma substância estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da radiação infravermelha, crucial na atenuação do efeito estufa da atmosfera. A água também possui um calor específico peculiarmente alto (75,327 J mol-1 K-1 a 25 °C), que desempenha um importante papel na regulação do clima global.
Ela  dissolve vários tipos de substânicas polares e iônicas, como sais e açucares, facilitando as interações químicas entre as diferentes substâncias fora e dentro dos organismos vivos, principalmente nos de metabolismo complexo.
Se alguém contasse que quanto mais baixa for a temperatura ambiente mais calor há; e que, quando a temperatura ambiente sobe para valores próximos à temperatura corporal, o mal estar associado deve-se não ao excesso mas sim à falta de calor, isso certamente chamaria a atenção, e seria motivo de espanto para a grande maioria das pessoas. Pois, cientificamente falando, é exatamente isso que ocorre no caso dos organismos homeotérmicos, como o do ser humano.


Em organismos homeotérmicos há um sistema pertinente que regula a temperatura corporal, essa regulando-se normalmente em valor acima da temperatura média do ambiente no ecossistema ao qual aqueles pertencem. Boa parte da fisiologia de tais organismos desenvolveu-se fundada em reações químicas isotérmicas, de forma que variações nas temperaturas corporais desses organismos implicam, quase sempre, risco de morte apreciável para os espécimes.
Os organismos vivos, com destaque para os homeotérmicos, têm de alguma forma de regular a quantidade de energia térmica que possuem. Como estão constantemente a converter energia química em térmica, a condição ideal para tal organismo é aquela na qual há uma diferença de temperaturas entre ele e o meio que determine, em função da área corporal e outros fatores, uma taxa de calor entre ele e o meio igual à taxa com a qual a energia térmica é produzida por seu organismo. Para um ser humano adulto em trajes de banho mas não dentro da água, em repouso, essa taxa é da ordem de 100 watts, e a temperatura do ambiente para a qual verifica-se essa taxa de calor situa-se em torno de 20 a 22ºC. Esses valores podem variar um pouco de pessoa para pessoa, sendo inclusive dependentes da obesidade da pessoa.
Os elevados valores de calor específico calor específico, calor latente de vaporização faz com que ela não tenha variações bruscas em sua temperatura, possibilitando a vida de muitos organismos, que só conseguem sobreviver em uma faixa estreita de variação de temperatura.
Vale ressaltar que a importância na manutenção da temperatura dos seres vivos e a participação ativamente dos processos celulares evita o superaquecimento e o congelamento do organismo, graças às suas propriedades.
Calor específico é a quantidade de calor necessária pra elevar em 1ºC a temperatura de 1g de substância, sem que haja mudança de estado físico.
A água possui calor específico = 1, o que é considerado um valor elevado, isso faz com que ela possa tanto ceder como absorver muita quantidade de calor sem que haja alteração no seu estado físico.
Substâncias com calor específico mais baixo que o da água tendem a aquecer e resfriar com mais facilidade e rapidez que a água.
Calor latente de vaporização é a quantidade de calor necessária que uma substância precisa receber para que ela entre em ebulição.
O calor latente de vaporização da água é 539,6 cal/g, e também é uma valor muito elevado, e isso é uma mecanismo muito importante para o seres vivos evitarem que suas células superaqueçam. Para evitar isso, muito animais e vegetais utilizam a transpiração como modo de resfriar o seu corpo. A água possui um alto calor latente de vaporização, pois suas moléculas estão muito coesas, graças às pontes de hidrogênio. Para que haja mudança de estado, essas pontes de hidrogênio precisam ser rompidas, e esse processo tem um alto custo energético.
Calor latente de fusão é a quantidade de calor necessária que uma substância precisa receber para que ela entre em fusão.
O calor latente de fusão da água é 79,7 cal/g e é muito importante para que os líquidos do corpo não congelem com facilidade, formando cristais e prejudicando o funcionamento do organismo. Para que haja congelamento, é necessária uma exposição por tempo prolongado em temperaturas muito baixas.
As células que são congeladas para estudos em laboratórios recebem tratamentos especiais para que não haja formação de cristais em seu interior.
Tabela de Calor Específico da Água e do Ar à pressão constante:

Calor Específico da Água na pressão de saturação

Tempeatura

Calor Específico (Cp) à pressão constante

°F

K

°C

kJ/kg.K

32

273

0

4,226

41

278

5

4,206

50

283

10

4,195

59

288

15

4,187

68

293

20

4,182

77

298

25

4,178

86

303

30

4,176

95

308

35

4,175

104

313

40

4,175

113

318

45

4,176

122

323

50

4,178

167

348

75

4,190

212

373

100

4,211

248

393

120

4,232

284

413

140

4,257

320

433

160

4,285

356

453

180

4,396

392

473

200

4,501

428

493

220

4,605

464

513

240

4,731

500

533

260

4,982

536

553

280

5,234

572

573

300

5,694
REFERÊNCIAS:
Amabis, José Mariano. Biologia. Volume 1. Editora Moderna.
Fonte: Introdução à Termodinâmica na Engenharia Química - M. M. Abbott, H. C. Van Ness, J. M. Smith 7ª Edição, 2007